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O cavalo é um mamífero. A denominação para as fêmeas é égua, para os machos não castrados, garanhão e para os filhotes, potro. Os cavalos têm longas patas de um só dedo cada. Os cavalos (Equus caballus) são perfeitamente adaptados a diversos desportos e jogos, como corrida, pólo, provas de ensino ou de equitação, ao trabalho e até à equoterapia (recuperação da coordenação motora de certos deficientes físicos).
Seu tempo de vida varia de 25 a 30 anos.Esses animais dependem da velocidade para escapar a predadores. São animais sociais, que vivem em grupos liderados por matriarcas. Os cavalos usam uma elaborada linguagem corporal para comunicar uns com os outros, a qual os humanos podem aprender a compreender para melhorar a comunicação com esses animais.
O cavalo teve, durante muito tempo, um papel importante no transporte; fosse como montaria, ou puxando uma carruagem, uma carroça, uma diligência, um bonde, etc. Também nos trabalhos agrícolas, como animal para a arar.
Os exércitos usavam cavalos de forma intensa em guerras. Os soldados ainda chamam o grupo de máquinas que agora tomou o lugar dos cavalos no campo de batalha de "unidades de cavalaria".
Hoje, nas cidades, os cavalos ainda são usados para tracionarem carroças que recolhem o chamado lixo reaproveitável ou para transportar outros materiais pesados, como os da construção civil.
Esses animais são mal alimentados, mal ferrados, não recebem qualquer atendimento veterinário, sendo obrigados a trabalhar além de suas forças, mesmo doentes e famintos.
São maltratados com carga excessiva, horários exaustivos de trabalho. Alguns praticamente não tem repouso e, quando fraquejam, são açoitados, inclusive com instrumentos e em locais deliberadamente escolhidos para causar grande dor. Não há fiscalização quanto a origem do animal e a qualidade de vida.
No trânsito, são conduzidos por vias de grande movimento, em horários de pico, sujeitos a inúmeros acidentes, quase sempre fatais. Muitas vezes são conduzidos por menores em flagrante desobediência às leis de trânsito e à legislação de proteção à infância e adolescência.
Quando imprestáveis,são entregues à matadouros, quase na sua totalidade clandestinos, para um abate cruel e geralmente são repassados para o comércio como carne de boi.
Recentemente, meu filho adquiriu duas éguas para nosso sítio, a Gateada e a Chuva. Logo nos apaixonamos por elas. São lindas! Amáveis, gostam do convívio com as pessoas e de carinho, principalmente a Gateada.
Passam a maioria do tempo pastando, ganham complementação com rações, tratamento veterinário e têm água a vontade (temos um açude), em troca nos retribuem com pequenos passeios.
Embora eu não saiba "andar a cavalo", sempre apreciei esses belos animais e convivi com alguns na minha infância e adolescência.
Fico muito chocada quando vejo alguém maltratar esses equinos. Compreendo que o carroceiro os usa como seu "ganha pão", mas isso não justifica o abuso ao qual muitas vezes, esses animais são submetidos.
Hoje, quando eu vinha de carro do trabalho, presenciei uma dessas cenas. Eram meio-dia, a Av. Domingos de Almeida, no bairro Areal (Pelotas) estava bem movimentada. Em frente ao Instituto de Menores, havia uma carroça, super-carregada, parada sobre o quebra-molas. No solo, no asfalto, um pobre cavalo magro agonizava. Pessoas cercavam o cenário. Fui obrigada a passar ao lado de tal cena. O proprietário jogava água na cabeça do animal, tentando reanimá-lo.
Confesso que fiquei com um "nó na garganta" e com os olhos molhados....vivo revoltada com o sofrimento imposto aos animais.