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sábado, 3 de abril de 2010

Óbice consubstanciado


Gosto de ler, mas gostaria de ler mais do que tenho lido ultimamente. Mas como dei uma diminuída na minha prática desportiva, principalmente no pádel, o que tenho jogado apenas nas quinta-feiras das 19 horas às 20 horas, sobra mais tempo para outras "coisas igualmente boas", entre elas a leitura.
Ando gostando de comprar livros, cujos títulos, não estão nas lista de "os mais vendidos" ou de escritores renomados e muito "badalados".
Cada vez que lemos uma dessas obras, sempre nos deparamos com palavras que estão fora de nosso vocabulário próprio. Esse nosso português é mesmo muito rico. Quando pegamos um dicionário de Língua Portuguesa, sentimos nos braços, o peso do enorme volume de palavras e seus significados ali contidos.
Ontem acabei de ler um livro o qual escolhi pela aparência da capa, comprei o mesmo sem saber de qual tema se tratava, também nunca tinha lido nenhuma outra coisa do autor.
Gostei.O Fazedor de Velhos, de Rodrigo Lacerda, nos conta, de maneira terna, bela e generosa, como Pedro resolve esse murundu existencial que é saber o que fazer com a vida. Trata-se de um romance de formação, uma história em que um escritor narra, mudando uma coisa aqui, outra ali, como veio a ser o que é.
Numa das frases, em algum parágrafo do livro, um dos personagens usa o termo óbice consubstanciado. Achei maravilhoso! Eu nunca falei ou escrevi essas duas palavras em meus 52 anos de vida.
Ora, eu nunca pensaria em usar a palavra óbice querendo dizer impedimento, embaraço, empecilho, obstáculo, estorvo. Nem tão pouco a juntaria com o termo consubstanciado, ou seja, justificado ou fundamentado. Mas ficou bonito!
O livro é bom, gostei da forma desse escritor se expressar. Certamente lerei algumas outras obras do mesmo.
Boa semana!

2 comentários:

Arceli disse...

Blog também é cultura, contigo sempre se aprende alguma coisa.
Um Beijo!!!

Ana disse...

E fez bonito, intitulando um post!

Adorei!