Vinícius de Moraes
Marcus Vinicius da Cruz de Mello Moraes, ou Vinicius de Moraes, (1913 - 1980) foi um diplomata, jornalista, poeta e compositor brasileiro.
Sempre adorei seus poemas e suas músicas. Boa parte de minha adolescência passei "arranhando no violão" suas composições. Comprava todos seus discos (LP), lia seus poemas e, alguns, arriscava recitá-los.
Nos anos 70 ele esteve em Pelotas, show no Theatro Guarany, Vinícius & Toquinho (grande violonista), assisti e lembro até hoje. A fumaça de seu cigarro no palco e de seu copo de uísque ao lado.
Em 1980, eu e meu marido estávamos no Rio de Janeiro, no Congresso Brasileiro para o Progresso da Ciência, quando anunciaram seu falecimento.
Hoje continuo comprando CDs regravados, principalmente as coletâneas.
A esse grande poeta dedico minha postagem de hoje.
Soneto de Fidelidade
(Vinícius de Moraes)
Que mesmo em face do maior encanto
Quero vivê-lo em cada vão momento
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento
E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama
Eu possa me dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.
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