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quinta-feira, 26 de novembro de 2009

A arte de fotografar (lembrando um amigo)

Um pouco da história da fotografia
heliografia de Niépce










Nicéphore Niépce 1795

Em 1793, junto com o seu irmão Claude, oficial da marinha francesa, Joseph Nicéphore Niépce (1765-1833) tenta obter imagens gravadas quimicamente com a câmara escura, durante uma temporada em Cagliari.
Aos 40 anos, Niépce se retirou do exército francês para dedicar-se a inventos técnicos, graças à fortuna que sua família havia realizado com a revolução. Nesta época, a litografia era muito popular na França, e como Niépce não tinha habilidade para o desenho, tentou obter através da câmera escura uma imagem permanente sobre o material litográfico de imprensa. Recobriu um papel com cloreto de prata e expôs durante várias horas na câmera escura, obtendo uma fraca imagem parcialmente fixadas com ácido nítrico. Como essas imagens eram em negativo e Niépce pelo contrário, queria imagens positivas que pudessem ser utilizadas como placa de impressão, determinou-se a realizar novas tentativas.

Após alguns anos, Niépce recobriu uma placa de estanho com betume branco da Judéia que tinha a propriedade de se endurecer quando atingido pela luz. Nas partes não afetadas, o betume era retirado com uma solução de essência de alfazema. Em 1826, expondo uma dessas placas durante aproximadamente 8 horas na sua câmera escura fabricada pelo ótico parisiense Chevalier, conseguiu uma imagem do quintal de sua casa. Apesar desta imagem não conter meios tons e não servir para a litografia, todas as autoridades na matéria a consideram como "a primeira fotografia permanente do mundo". Esse processo foi batizado por Niépce como Heliografia, gravura com a luz solar.




Primeira fotografia de Niépce em 1826, tirada da janela do sótão de sua casa de campo em Le Gras em Chalons-sur- Saône, na França.

A FOTOGRAFIA NO BRASIL

O francês de Nice, Antoine Hercules Romuald Florence, chegou ao Brasil em 1824. Entre 1825 e 1829, participou como 2o desenhista de uma expedição científica chefiada pelo Barão Georg Heirich von Langsdorff, cônsul geral da Rússia no Brasil.

Em 1830, diante da necessidade de uma oficina impressora, inventou seu próprio meio de impressão, a Polygraphie, como chamou. Seguindo a meta de um sistema de reprodução, pesquisou a possibilidade de se reproduzir pela luz do sol e descobriu um processo fotográfico que chamou de Photographie, em 1832, como descreveu em seus diários da época anos antes da Daguerre.Em 1833, Florence fotografou através da câmera escura com uma chapa de vidro e usou um papel sensibilizado para a impressão por contato.







Enfim, totalmente isolado e sem conhecimento do que realizavam seus contemporâneos europeus, Niépce, Daguerre e Talbot, Florence obteve o resultado fotográfico.

A evolução da fotografia se evidenciou com a evolução das câmeras fotográficas, hoje todos podem ter uma câmera digital, seja um modelo simples, sofisticado ou até embutida num aparelho celular. Porém poucos são os fotógrafos, pois essa atividade é uma ARTE.
Como arte, exige a habilidade e talento do artista.

Recentemente, revirando "coisas de gavetas", encontrei um CD que continha fotografias digitais presenteadas pelo amigo e fotógrafo Celso Larrossa.

Lembraremos dele sempre com uma câmera, fotografando ao acaso, nos momentos mais comuns, geralmente não sabíamos que estávamos sendo fotografados, porisso, a naturalidade das expressões. Muito diferente das "caras de retrato", comum da maioria das fotos.
Aqui estão alguns rostos que encontrei no CD, meus e de meu marido. A montagem é minha.


Colagem com fotos de Celso Larrossa

Faz quase um ano ....saudades, nosso artista.

Um comentário:

Arceli disse...

gostei muitos das fotos bjos!!!!